ENCYCLOPAEDIA of Rebellions

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Reritiba revolt 1742

Synopsis
A revolta teve início em 29 de setembro de 1742, na celebração da festa de São Miguel, como reação a uma agressão cometida por um estudante jesuíta, poupado da morte por intervenção do capitão-mor da aldeia. Tanto o agressor quanto o superior da missão foram expulsos. Dois outros religiosos tentaram substituí-los, mas foram impedidos pelos índios, que seguiam sublevados. Entre as reivindicações, destaca-se o fim dos serviços prestados aos missionários. O reingresso, negociado com os revoltosos, deu-se no início do ano seguinte (24 de janeiro). Dois dias depois, um grupo contrário à presença dos religiosos iniciou novo levante. Dois indígenas acabaram mortos e outros três na prisão. A permanência dos religiosos tornou-se impraticável. Em Vitória, foi aprovada uma resolução que visava pôr fim ao levante, porém a mesma não foi executada pelo capitão-geral da capitania. Em meados de 1744 a situação continuava indefinida. Por intervenção do governador geral, o Conselho Ultramarino determinou a realização de uma devassa que redundasse na pacificação da aldeia e na punição dos culpados. A tarefa foi confiada ao ouvidor geral do Rio de Janeiro, que a concluiu no início do ano seguinte, garantindo o retorno definitivo dos jesuítas. Parte dos revoltosos desertou e criou uma comunidade rebelde na região do Orobó, na qual se viram livres da tutela dos religiosos. Por volta de 1761, com a transformação do aldeamento em vila e a expulsão dos jesuítas, os rebelados regressaram.
Additional info

Starting date: . Ending: . Duration: 2,5 years. Name in sources: Revolta indígena de Reritiba. Location: Aldeamento de Reritiba (atual município de Anchieta - ES) Country (current): Brazil. Monarchy: Portuguese. Main participants: Indigenous. Number of participants: >500. Main reasons & motivations: Anti-colonial, Labour conditions. Leadership: Manoel Lobato, Isaías Dias, João da Silva, Manoel Lopes de Oliveira (capitão-mor). Relevance: low.

Further reading
CORRÊA, Luís Rafael (2021). Insurgentes brasílicos: Uma comunidade indígena rebelde no Espírito Santo colonial. Jundiaí: Paco Editorial. MOREIRA, Vânia Maria Losada (2019). Reinventando a autonomia: liberdade, propriedade, autogoverno e novas identidades indígenas na capitania do Espírito Santo, 1535-1822. São Paulo: Humanitas. RIBEIRO, Luiz Cláudio (org) (2018). Devassa da reforma da religião da Companhia de Jesus nesta comarca do Espírito Santo. Vitória: EDUFES.
Cite this entry

(2023) "Reritiba revolt 1742", in J. V. Serrão and M. S. Cunha (coord), Rebellions in the Early Modern Iberian World. (accessed on ).