Status:

Complete

Timeframe

Starting date: 1637-01-01
Ending: 1637-12-14
Duration: 3 months?


Synopsis

Como explicou para tantas outras terras de Portugal, António de Oliveira considerou que o móbil próximo para os levantamentos ou alterações ocorridas em Aljezur e em vários lugares da Serra de Monchique (Algarve, sul de Portugal), em 1637, foi a recusa à fiscalidade acrescida, concretamente a reivindicação da suspensão do real d’agua e da avaliação das fazendas individuais que tinha em vista cobrar o quinto para o novo ‘donativo’ que a coroa pedia para o resgate de Pernambuco. Em Aljezur os cabecilhas lograram até ocupar postos na câmara durante os levantamentos, como aconteceu com João Lourenço da Costa procurador do povo. Outros protagonistas das alterações foram o mulato estalajadeiro João Fernandes e o mulato Gregório da Costa. Contumazes, todos três recusaram assinar o “termo de redução” proposto pelo corregedor, a não ser que houvesse acordo prévio de toda a população. A pacificação do Algarve foi feita com a intimidação das tropas do duque de Medina Sidónia e, em Aljezur e lugares da serra de Monchique, através da negociação do corregedor de Lagos antes de 14 de Dezembro de 1637. Há notícia de dois condenados à morte, provavelmente de Aljezur ou de aldeias circundantes, executados em 12 Março de 1638, sendo os restantes amotinados perdoados por Filipe IV.


Leader(s)

  • João Lourenço da Costa, o mulato estalajadeiro João Fernandes e o mulato Gregório da Costa


Further reading

  • OLIVEIRA, António de (2002). Movimentos Sociais e Poder em Portugal no século XVII. Coimbra: Instituto de História Económica e Social – Faculdade de Letras, pp. 514-687.

Recommended citation

Cunha, Mafalda Soares da (2020). "Aljezur riots 1637", in J. V. Serrão and M. S. Cunha (coord), Rebellions in the Early Modern Iberian World. http://atlas.cidehusdigital.uevora.pt/revolt/tax-riots-in-portugal-1637/aljezur-riots-1637/ (accessed on 12 Abril 2020).