ENCYCLOPAEDIA of Rebellions

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Tavira riots 1637

Synopsis
Como explicou António de Oliveira, o móbil para as alterações ocorridas em Tavira e seu termo em 1637 foi a recusa à fiscalidade acrescida, ou seja, a suspensão do real d’agua e da avaliação das fazendas individuais para a cobrança do quinto para o ‘donativo’ pedido para o resgate de Pernambuco. Em 1 de outubro o real d’água deixou de ser pago em Moncarapacho, uma das aldeias do termo. Pouco depois, os camponeses desse lugar (neles se incluindo as aldeias de Nossa Senhora da Luz, Santa Catarina da fonte do Bispo, Nossa Senhora da Conceição e Cacela) invadiram e atacaram Tavira. A intenção, dizia-se, era queimarem os cartórios. Mas, embora muitos, não conseguiram penetrar nas defesas da vila. O cabecilha dos amotinados foi um homem de Moncarapacho chamado Domingos Dias, um reconhecido fora da lei fugido à justiça. Mas partilhou a liderança com outros três irmãos, um sapateiro, um almocreve e um oleiro. Na repressão destacou-se Brás de Vilela, recompensado depois com o posto de sargento-mor da vila, Francisco Correia de Barros, cristão-velho e Martim Correia da Silva, filho do futuro governador do Algarve. A pacificação do Algarve foi feita com tropas do duque de Medina Sidónia e com a negociação do corregedor de Tavira nas terras do termo dessa vila: antes de 16 de dezembro em Cacela e em 26 de dezembro em Moncarapacho. Com excepção de um homem, acusado do crime de lesa-majestade e condenado à morte, os sublevados foram perdoados por Filipe IV. A execução teve lugar em 12 Março de 1638.
Additional info

Starting date: . Ending: . Duration: 3 months. Name in sources: Inquietações em Tavira. Location: Moncarapacho, e outras aldeias do termo de Tavira: Nossa Senhora da Luz, Santa Catarina da fonte do Bispo, Nossa Senhora da Conceição e Cacela. Country (current): Portugal. Monarchy: Portuguese. Main participants: Artisans, Others, Women. Number of participants: 50-100. Main reasons & motivations: Fiscal, Food. Leadership: Domingos Dias e artesãos. Relevance: low.

Further reading
OLIVEIRA, António de (2002). Movimentos Sociais e Poder em Portugal no século XVII. Coimbra: Instituto de História Económica e Social – Faculdade de Letras, pp. 514-687.
Cite this entry

(2023) "Tavira riots 1637", in J. V. Serrão and M. S. Cunha (coord), Rebellions in the Early Modern Iberian World. (accessed on ).